Pesquisar neste blog e nos da lista

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

"Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos."
(Napoleão Bonaparte)


Cota é esmola!


Cotas II


Se os governos quisessem, efetivamente, resolver o problema da educação pública deficiente, teriam que tomar algumas atitudes redicais e definitivas. Nada de fazer a coisa gradualmente, covardemente e sem um comando eficaz. Algo difícil, principalmente num governo que cede até mesmo à greve de fome solitária de um frei "num sei quem" do interior de Pernambuco que, provavelmente, estava a seviço de algum político influente.

A primeira dessas medidas seria a reformulação geral de seus quadros de professores. Se foram criados planos de demissões voluntárias, os PDV, para enxugar as máquinas da Petrobrás, das telefônicas, das empresas de eletricidade e de vários órgãos estatais durante o governo FHC, com o propósito de tornar essas empresas mais atraentes para os investidores e potencialmente compradores, algo parecido poderia ser feito na educação.

São milhares os professores velhos e cansados de salas de aulas, que vão às escolas apenas visando seus salários, sem mais nenhum compromisso com a melhor qualificação de seus alunos. Esses homens e mulheres cansados de guerra, comprometem substancialmente o trabalho realizado por seus colegas bem intencionados.

As secretarias municipais e estaduais de educação têm obrigação de afastá-los do trabalho direto com os educandos.

Que se façam PDV's na educação, que se coloquem os mestres exaustos em bibliotecas, secretarias escolares, almoxarifados, no serviço social ou em qualquer outra ocupação. Que se demitam os que não se demitirem e não puderem ser aproveitados em outras funções.

Vai-se às portas das universidades e contratem-se novos profissionais, necessitados de um salário, cheios de vontade de trabalhar, com projetos aplicáveis e atualizados em seus conhecimentos. Gente que fale a língua dos jovens e que ainda mantém intactos seus ideais. Isso não é um libelo contra os mais velhos, muito pelo contrário, mas um manifesto, sim, contra aqueles que não são educadores, tenham a idade que tiverem. Os que não são professores, mas "dadores de aulas".

Que os novos profissionais sejam alertados de que lhes será cobrada produtividade, assiduidade, pontualidade, postura profissional. Que os conselhos de educação, alimentação escolar e serviço social sejam incentivados a trabalharem em conjunto.

Que sejam pagos salários dignos e pontuais aos professores e aos demais profissionais da área.

Que sejam criados cursinhos pré-vestibular públicos, bem equipados e com professores eficientemente concursados e remunerados.

Sendo tomadas medidas como essas, não há necessidade de se dar esmolas para cidadãos por eles serem negros, índios e/ou pobres. Políticas de cotas seriam desnecessárias e repudiadas pela sociedade que paga impostos para ser bem assistida e não seccionada em castas ou em cores.

Nenhum comentário: