"Ecologia é coisa de veadinho. E de macaquinho, de leãozinho, de elefantinho..."
Perdas e ganhos é o tema do meu texto hoje estreando no blog da Cláudia. Vai conferir?
Erótico?
De uma ponta do balcão ela logo o notou na outra. Alto, bonito, olhos claros, sorriso branco, roupas elegantes e bem sustentadas pelo corpo forte, olhar de homem seguro se bem sucedido.
Assim que chegara, ele logo viu-se atraído por aquela loura que bebia um coquetel verde azulado. Alta, olhos amendoados, busto empinado como se quisesse saltar para a liberdade, cintura esculpida por cinzel de mestre, pernas aparentemente perfeitas sob o longo azul turquesa, sustentando-se sobre os saltos finos como a ponteira de um peão.
Não demorou para que estivessem na pista de trocando salivas e pernas nas danças e suspiros e juras nos ouvidos. O álcool, a dança e o calor já fervilhavam idéias libidinosas.
Mais um pouco e estavam no carro que ele guiava apressado tentando manter a concentração, enquanto ela lambia seu pescoço e apalpava as coxas e mais.
Pouco tempo depois, praticamente arrombavam a porta do quarto do motel. Ele, garanhão escolado, sabia que bastava afastar as alças que aquele vestido cairia até o chão sem dificuldade. Ela, amante de tantos homens, não tinha dificuldade de abrir-lhe os botões da camisa. Ele abria qualquer de sutiã com destreza e aquele não foi diferente. Ela, sem perder a concentração nas línguas entrelaçadas, arrancava-lhe a camisa de dentro das calças com maestria. Ele estranhava o peso do sutiã, mas não dava importância. Ela estranhava a aspereza no contato de suas barrigas, mas não se importava. Ele enfiava as mãos espalmadas dentro da calcinha para arrancá-la mais facilmente. Ela abria o cinto e o zíper como já fizera tantas vezes antes. Ele estranhava a fofura do tecido da calcinha, enquanto ela estranhava a falta de ereção.
Na penumbra se atiraram na cama. Mãos, pernas e bocas a mil. Ela se esforçava para fazê-lo rijo e ele para suportar seu hálito. Depois de muito tempo de tentativas que ambos se enganavam como preliminares, em cinco minutos deram por encerrado o ato. Ele bufava, ela fazia muxôxos de resignação. Sem sequer um "boa noite", viraram-se e dormiram como dois condenados à mesma cela.
Mal amanhecia, ambos se apressavam a deixar o lugar do martírio. Olhando o sutiã no chão ele entendeu o peso extra, enchimento de silicone. Olhando-o nos olhos, ela viu que seus olhos azuis também eram de silicone. Vendo a calcinha, ele entendeu que o tato diferente fora por causa do enchimento de algodão. Ela, vendo a cinta no chão, entendeu porque a barriga dele parecera áspera. Ao ver as pernas finas e marcadas por escapamento de moto, ele entendeu porque ela usava longo no verão quando todas as outras na boate usavam mini-saia. Percebendo que os dentes eram artificiais, ela entendeu porque seu sorriso era branco. Ao lavar o rosto, ela sentiu seu hálito pútrido e, envergonhada, entendeu a impotência do parceiro. Ao lembrar-se de sua impotência, ele apressou-se a abandonar o motel antes que ela voltasse do banheiro. Cavalheirescamente, não esqueceu de deixar trinta reais sobre a cama para que ela pegasse um táxi.
Assim que chegara, ele logo viu-se atraído por aquela loura que bebia um coquetel verde azulado. Alta, olhos amendoados, busto empinado como se quisesse saltar para a liberdade, cintura esculpida por cinzel de mestre, pernas aparentemente perfeitas sob o longo azul turquesa, sustentando-se sobre os saltos finos como a ponteira de um peão.
Não demorou para que estivessem na pista de trocando salivas e pernas nas danças e suspiros e juras nos ouvidos. O álcool, a dança e o calor já fervilhavam idéias libidinosas.
Mais um pouco e estavam no carro que ele guiava apressado tentando manter a concentração, enquanto ela lambia seu pescoço e apalpava as coxas e mais.
Pouco tempo depois, praticamente arrombavam a porta do quarto do motel. Ele, garanhão escolado, sabia que bastava afastar as alças que aquele vestido cairia até o chão sem dificuldade. Ela, amante de tantos homens, não tinha dificuldade de abrir-lhe os botões da camisa. Ele abria qualquer de sutiã com destreza e aquele não foi diferente. Ela, sem perder a concentração nas línguas entrelaçadas, arrancava-lhe a camisa de dentro das calças com maestria. Ele estranhava o peso do sutiã, mas não dava importância. Ela estranhava a aspereza no contato de suas barrigas, mas não se importava. Ele enfiava as mãos espalmadas dentro da calcinha para arrancá-la mais facilmente. Ela abria o cinto e o zíper como já fizera tantas vezes antes. Ele estranhava a fofura do tecido da calcinha, enquanto ela estranhava a falta de ereção.
Na penumbra se atiraram na cama. Mãos, pernas e bocas a mil. Ela se esforçava para fazê-lo rijo e ele para suportar seu hálito. Depois de muito tempo de tentativas que ambos se enganavam como preliminares, em cinco minutos deram por encerrado o ato. Ele bufava, ela fazia muxôxos de resignação. Sem sequer um "boa noite", viraram-se e dormiram como dois condenados à mesma cela.
Mal amanhecia, ambos se apressavam a deixar o lugar do martírio. Olhando o sutiã no chão ele entendeu o peso extra, enchimento de silicone. Olhando-o nos olhos, ela viu que seus olhos azuis também eram de silicone. Vendo a calcinha, ele entendeu que o tato diferente fora por causa do enchimento de algodão. Ela, vendo a cinta no chão, entendeu porque a barriga dele parecera áspera. Ao ver as pernas finas e marcadas por escapamento de moto, ele entendeu porque ela usava longo no verão quando todas as outras na boate usavam mini-saia. Percebendo que os dentes eram artificiais, ela entendeu porque seu sorriso era branco. Ao lavar o rosto, ela sentiu seu hálito pútrido e, envergonhada, entendeu a impotência do parceiro. Ao lembrar-se de sua impotência, ele apressou-se a abandonar o motel antes que ela voltasse do banheiro. Cavalheirescamente, não esqueceu de deixar trinta reais sobre a cama para que ela pegasse um táxi.
Não gosto de contos eróticos. Me sinto como se olhando oklhando pela fechadura. Sem falar nos clichês. Como sujeito esculahado que sou, resolvi escrever um anti-erótico.
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