"Um aluno que faz teatro queria me mostrar a falta de cultura dos colegas e perguntou a uma outra aluna se ela sabia o que era um monólogo... A resposta dela foi genial...
' Ah! Sei lá, só sei que fica na vagina !'"
(Retirado de uma cominidade do Orkut)
' Ah! Sei lá, só sei que fica na vagina !'"
(Retirado de uma cominidade do Orkut)
Do Que As Esposas Gostam
Perolina tinha um trato com Pelópidas, seu marido. De dia ele cuidava da casa enquanto ela trabalhava na residência de dona Karliane; à noite ela ficava em casa enquanto ele trabalhava de vigia na fábrica de botinas. Ao vir para casa, na boca da noite Perolina passaria na bodega do seu Rivaldávio e traria o pão para o café da noite.
O casal estava feliz desde a véspera, data inesquecível em que o doutor Agnobaldo confirmara o segundo mês de gravidez de Perolina. Com o sorriso tatuado na cara naquela tardinha, ao entrar na bodega recebeu um galanteio de um dos cinco homens que se encontravam sentados a uma mesa na calçada tomando cachaça e comendo torresmos.
- Uma mulata dessas é tudo o que o Perivaldo aqui precisa para ser mais feliz ainda.
O sorriso da mulher sumiu e, sem olhar para o engraçadinho, foi ao balcão, pediu os pães já sabidos pelo merceeiro e, ao sair, ouviu a mesma voz:
- Traz aqui os pães para a sobremesa de nós dois, morena.
Ao chegar em casa, botando fogo pelas ventas, contou o que se passara ao ciumento Pelópidas, que se encontrava de bermuda, estirado no sofá assistindo a um programa pinga-sangue qualquer na tv em preto e branco.
Ultrajado, com as orelhas vermelhas, Pelópidas foi à cozinha, colocou a peixeira na cintura e saiu gritando pela rua:
- Vamos ver quem é esse macho que mexe com mulher casada!
Não se deu sequer ao trabalho de vestir uma camisa. Petrolina não fez gesto ou emitiu som que o desencorajasse, homem seu tinha mais é que defender sua honra.
Calçado de suas havaianas com o calcanhar já gasto, Pelópidas chegou à bodega, cravou a peixeira no balcão e, enquanto batia nos peitos, desafiou:
- Quem é esse tal de Perivaldo que ofendeu minha Perolina?
- Aqui fora!, gritou Perivaldo em resposta.
Tomou a faca de volta e saiu pisando forte. A bodega se esvaziara e a calçada do outro lado da rua já mostrava gentese agrupando na expectativa desangue na sarjeta.
Ao perceber que quatro homens acompanhavam Perivaldo, Pelópidas despertou para a necessidade de ter cautela, não poderia dar as costas a nenhum deles.
- Sente aqui conosco, amigo. Gavilaldo, puxa um tamborete pro amigo.
Era Perivaldo com um sorriso franco e branco pendurados no bigodinho fino.
- Prefiro falar com o senhor de pé. Homem que ofende mulher minha tem que se retratar ou vai provar da minha justiceira!
- Que é isso, camarada? Não ofendi sua mulher, não. Se o amigo olhar por outro lado vai perceber que eu estava elogiando o senhor pelo bom gosto e pela sorte de ter uma mulher tão formosa como companheira. Destranque essa cara, sente conosco e vamos prosear tomando uma branquinha.
Armado da faca e desarmado de espírito, Pelópidas perdeu o rompante, hesitou.
Em casa, orgulhosa do homem que tinha, Perolina punha a chaleira no fogo para preparar o café, abria a lata de sardinhas que amassaria para fazer o patê, lavava as folhas de alface e cortava tomates para o sanduíche. Nas noites de folga do marido a refeição noturna era caprichada, prenúncio dos prazeres que se dariam, amplificados pelas boas novas.
O tempo passava, o café esfriou e nenhuma notícia da pendenga entre pelópidas e Perivaldo. Será que havia pintado a polícia? Não... Notícia ruim anda rápido. Se algo tivesse acontecido alguma vizinha fofoqueira teria vindo avisá-la.
Depois de duas horas de espera, no alto de sua impaciência, ouviu a porta da frente ser aberta e vozes vindo da sala. Correu para lá em tempo de ver Pelópidas e Perivaldo abraçados, bêbados, às gargalhadas. Sua surpresa aumentou com o anúncio do marido:
- Mulher, conheça Perivaldo, futuro padrinho de nosso filho e nosso compadre.
Para o único, inigualável, fantástico, maravilho blogueiro e escritor e, melhor que tudo, ciumento amigo Gabriel.
O casal estava feliz desde a véspera, data inesquecível em que o doutor Agnobaldo confirmara o segundo mês de gravidez de Perolina. Com o sorriso tatuado na cara naquela tardinha, ao entrar na bodega recebeu um galanteio de um dos cinco homens que se encontravam sentados a uma mesa na calçada tomando cachaça e comendo torresmos.
- Uma mulata dessas é tudo o que o Perivaldo aqui precisa para ser mais feliz ainda.
O sorriso da mulher sumiu e, sem olhar para o engraçadinho, foi ao balcão, pediu os pães já sabidos pelo merceeiro e, ao sair, ouviu a mesma voz:
- Traz aqui os pães para a sobremesa de nós dois, morena.
Ao chegar em casa, botando fogo pelas ventas, contou o que se passara ao ciumento Pelópidas, que se encontrava de bermuda, estirado no sofá assistindo a um programa pinga-sangue qualquer na tv em preto e branco.
Ultrajado, com as orelhas vermelhas, Pelópidas foi à cozinha, colocou a peixeira na cintura e saiu gritando pela rua:
- Vamos ver quem é esse macho que mexe com mulher casada!
Não se deu sequer ao trabalho de vestir uma camisa. Petrolina não fez gesto ou emitiu som que o desencorajasse, homem seu tinha mais é que defender sua honra.
Calçado de suas havaianas com o calcanhar já gasto, Pelópidas chegou à bodega, cravou a peixeira no balcão e, enquanto batia nos peitos, desafiou:
- Quem é esse tal de Perivaldo que ofendeu minha Perolina?
- Aqui fora!, gritou Perivaldo em resposta.
Tomou a faca de volta e saiu pisando forte. A bodega se esvaziara e a calçada do outro lado da rua já mostrava gentese agrupando na expectativa desangue na sarjeta.
Ao perceber que quatro homens acompanhavam Perivaldo, Pelópidas despertou para a necessidade de ter cautela, não poderia dar as costas a nenhum deles.
- Sente aqui conosco, amigo. Gavilaldo, puxa um tamborete pro amigo.
Era Perivaldo com um sorriso franco e branco pendurados no bigodinho fino.
- Prefiro falar com o senhor de pé. Homem que ofende mulher minha tem que se retratar ou vai provar da minha justiceira!
- Que é isso, camarada? Não ofendi sua mulher, não. Se o amigo olhar por outro lado vai perceber que eu estava elogiando o senhor pelo bom gosto e pela sorte de ter uma mulher tão formosa como companheira. Destranque essa cara, sente conosco e vamos prosear tomando uma branquinha.
Armado da faca e desarmado de espírito, Pelópidas perdeu o rompante, hesitou.
Em casa, orgulhosa do homem que tinha, Perolina punha a chaleira no fogo para preparar o café, abria a lata de sardinhas que amassaria para fazer o patê, lavava as folhas de alface e cortava tomates para o sanduíche. Nas noites de folga do marido a refeição noturna era caprichada, prenúncio dos prazeres que se dariam, amplificados pelas boas novas.
O tempo passava, o café esfriou e nenhuma notícia da pendenga entre pelópidas e Perivaldo. Será que havia pintado a polícia? Não... Notícia ruim anda rápido. Se algo tivesse acontecido alguma vizinha fofoqueira teria vindo avisá-la.
Depois de duas horas de espera, no alto de sua impaciência, ouviu a porta da frente ser aberta e vozes vindo da sala. Correu para lá em tempo de ver Pelópidas e Perivaldo abraçados, bêbados, às gargalhadas. Sua surpresa aumentou com o anúncio do marido:
- Mulher, conheça Perivaldo, futuro padrinho de nosso filho e nosso compadre.
Para o único, inigualável, fantástico, maravilho blogueiro e escritor e, melhor que tudo, ciumento amigo Gabriel.
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