Amorim, Correio do Povo, RS
- FHC tentando ajudar, atrapalhou. Em sua carta aos eleitores tucanos bateu no aliado Azeredo, de Minas, e ainda falou da má admnistração dos presídios paulistas, esquecendo-se que os tucanos foram responsáveis por essa administração desde os tempos de Covas. Alckimin deve estar adorando o padrinho.
- Como eu previra, Alckimin deu até uma subidinha depois do horário político na tv, mas foi apenas um vôo de galinha. Nada que assuste Lula até o momento e, levando-se em conta que faltam apenas 3 semanas para a votação, só mais algum fator extraterrestre, para citar o presidente, faria as coisas darem uma guinada ao gosto dos peessedebistas. Sendo o Brasil onde a maioria do povo acredita em milagres, quem sabe...
- Tucanos e hienas, quero dizer pefelistas, apostaram que as denúncias contra membros do governo apodreceriam sozinhas a candidatura de Lula. Evitaram agredir diretamente o presidente nos episódios do mensalão, dos dólares na cueca, de Valdomiro Diniz e em todos os outros episódios. O presidente contando com o apoio de 70% da população, seria desgastar a própria imagem partindo para o ataque direto. Suas estimativas falharam. Lula reagiu rápido, rompeu com Genoino, demitiu Dirceu, colocou a Polícia Federal nas ruas, prendeu Maluf, desbaratou vários máfias e fortaleceu-se diante da opinião pública.
O discurso populista de Heloisa Helena já não surte o mesmo efeito. Ela está fazendo o mesmo discurso que Lula fazia em 89 e levou bomba do Collor. Conscientemente ou não, o eleitor fica com a sensação de que já viu esse filme e o mocinho morre no final.
Cristóvam é muito bem visto pela classe média alta que lê jornais e, pelo menos, um livro or ano, mas não convence com seu discurso monotônico.
Na economia, a classe média está comprando mais carros, terrenos, construindo mais casas, está satisfeita com os rumos atuais da economia. Os jornais e os candidatos da oposição insistem que quem vota em Lula são os pobres que recebem as bolsas sociais, o que faz com que a classe média com seu orgulhe e preconceito, não querendo ser confundida com os pobres, não confirme que votará pela reeleição do presidente. Duvida, caro leitor? Então pergunte a seu vizinho.
Essa é a mesma classe média que passou a rotular os suburbanos do Rio de Janeiro de farofeiros por eles irem à praia levando seu próprio lanche. Mal sabia ela, a classe média, que estava apenas fortalecendo os comerciantes das barracas e restaurantes à beira-mar e os riquinhos da Vieira Souto. A moda lançada na novela das oito e nos programas humorísticos espalhou-se pelo país e até em lugares onde não tem praia, como a minha Eunápolis, a discrimação se faz presente.
Nas enquetes dos institutos de estatísticas, porém, o cara que pôde colocar o filho na escola particular, reformar a casa, trocar o velo Fiat 147 por um Gol Flex, não se faz de rogado. Ele tem mais medo que os bancários ou os capitães de empresa, que a política econômica dê uma guinada brusca e ele veja esse novo padrão de vida voltar aos velhos tempos e fala para o pesquisador que vai votar em Lula, daí a diferença da declaração de votos que vemos nos comentários dos blogs, por exemplo, daquelas reveladas pelas pesquisas.
É algo parecido com aquele colega de trabalho que tem vergonha de admitir que assiste às novelas, diz que é coisa de mulher, mas, se alguém comentar perto dele, imediatamente ele se faz presente no papo e conta todo o capítulo de ontem. Para a classe média, votar em Lula é como assistir à novela das oito: vota, mas não confessa porque acha que nenhum dos amigos vota e vão criticá-lo, mal sabendo que todos no escritório - ou a maioria - está fazendo o mesmo joguinho.
- A Unifesp saiu com essa, divulgada pela Folha de São Paulo: "Prevenção da obesidade deve vir desde o berço". Isso é um passo para aSasha lançar seu programa di dieta e ginástica infantil e a Simone Frazão lançar sua academia para a primeira idade. "First Age Phisical", que tal?
- A democracia é legal, mas o que nos obriga a ver candidatos tão esdrúxulos?
- Que o Mainardi é de direita, não é novidade para ninguém. Aliás, é lógico que ele tem esse direito, assim como qualquer um de nós, mas o fato de ele estar dando força cada vez maior para a polícia ideológica é qlgo de que deveria se envergonhar.
- Cláudio Lembro, governador de São Paulo, mais perdido que cego em cinema mudo, diz que vai gravar conversa entre advogados e presos. Imaginem o barulho que a OAB vai fazer.
- Projeto de lei do deputado Celso Russomano, do PP de SP, propõe aumento da pena máxima para 40 anos. Um terço de 40 anos dá 9 anos e alguns meses. O que muda? Nada. A reforma tem que ser muito maior que isso.
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