Pesquisar neste blog e nos da lista

sexta-feira, setembro 29, 2006

Uma aluna na aula de órgãos reprodutores falou que a mãe tinha feito vagina abafadinha com tomate e bacon no almoço e estava deliciosa.


Vasqs


  • Errei nas previsões, Lula não compareceu. Desde Collor, que comandava disparado as pesquisas e recusou-se a comparecer, isso virou moda. Lula, na eleição passada, liderava com tranqüilidade, mas, para não dar margem aos adversários e com a possibilidade de firmar-se ainda mais na liderança, compareceu, não perdeu pontos e agradou. No dia seguinte pipocaram pesquisas dando conta de sua vitória segura.

    Dessa vez, todo enrolado por conta das burrices (eu falei primeiro e depois todo mundo também falou, o PT fez burrice, e das grandes) sabia que seria massacrado. Terminou sendo uma manobra de risco.

    Se comparecesse, seria o centro dos debates, o massacre seria direto e indireto, não teria tempo para explicar tudo o que tem a explicar, afinal, o tempo máximo para cada candidato era dois minutos por vez; se não comparecesse, como aconteceu, seria atacado na ausência, sem o direito ou a chance de se defender, mas pelo menos não teria seu rosto nas telas enquanto levava bordoadas. O próprio site ne notícias da Globo, o G1, reconheceu que os adversários foram prontos para "atacar Lula", palavras do próprio site. Os telejornais da emissora, entretanto, deram um tom mais de mágoa por terem se preparado tanto para terem o espetáculo estragado por uma das estrelas, de última hora.
    A meu ver, a Globo cometeu um favorecimento aos presentes a partir do momento que permitiu que os adversários lançassem perguntas a Lula, mesmo ele estando ausente. Agindo assim, a emissora permitiu a agressão, como no caso de Heloísa Helena, que gastou todo o tempo da pergunta fazendo agressões verbais e não teve tempo de perguntar.

    Não sou jornalista, mas como costumeiro e antigo leitor de jornais e revistas e assíduo telespectador de telejornais, acredito no jornalismo que dá a chance para que sejam ouvidos todos os lados de uma história. Alguém dirá que a chance foi dada a Lula, no que concordo, e ele que não a aproveitou, no que também concordo. Mas a emissora, magoada com sua ausência, ao permitir perguntas, que qualquer beócio sabia que seriam duras, deixou desarmado o candidato que responderia e cheio de puãs os que perguntavam. Não acho justo e não acharia, independentemente de quem fosse o ausente, antes que me acusem de estar defendendo Lula. O fato é que tais perguntas ficaram sem respostas, ou seja, apenas um lado da história foi apresentado.

    Caberia a Lula requerer direito de resposta, uma vez que teve seu nome citado dezenas de vezes? Não sei, que digam os advogados. Mas tendo esse direito, seria atendido? Não sei, que respondam os juristas.

    No mais, o debate foi à imagem e semelhança do ocorrido na Band. Trocas de amabilidades entre os candidatos, destoando de vez em quando com a virulência característica de HH contra o governo de FHC, como se Alckimin fosse responsável por isso. Imagino a vontade que o ex-governador paulista deve ter de dar uma resposta grosseira tentando ter sua imagem afastada definitivamente da do ex-presidente. Cristóvam, como sempre, batendo na mesma tecla e sendo evasivo em temas mais técnicos como energia e transporte. Alckimin com a idéia inicialmente inovadora do choque de gestão, sem, contudo, ter tido tempo para explicar melhor como isso seria feito. Heloísa Helena repetindo o discurso que Lula fazia até 1989, todos os números, estatísticas e quimeras na ponta da língua, sem, contudo, conseguir explicar a origem dos recursos para tanta transformação social em tão pouco tempo e esquecendo-se de algo primordial: ela não teria maioria no Congresso, por isso não teria garantias de que seus planos seriam aplicados. Se eleita, acredito eu, seria uma frustração muito maior do que foi Lula.

    Minha conclusão é de que Lula ganhou em não ter participado, mas pode ter perdido alguns pontos. Nenhuma pesquisa foi revelada hoje, pelo menos que eu saiba; Alckimin se mostrou mais bem articulado e navegou melhor pelos temas propostos; HH não foi nenhuma surpresa, mas pode ter ganhado algum ponto com o eleitorado; Cristóvam agrada aos mais intelectualizados, mas não deve ter despertado nenhuma simpatia a mais nos capitães de indústrias ou nos que querem pão antes da educação, sendo esse primeira necessidade para poder realizar a segunda.

Nenhum comentário: