Um dos maiores mistérios da mente humana, e que a ciência tenta desvendar, inutilmente, é o que é o amor. Cada um de nós tem sua própria definição, assim como se tenta definir Deus, o fato é que ninguém sabe, ninguém jamais viu e apenas acredita. Lógico, existem os que não acreditam nem em um nem em outro e os que apenas não questionam e deixam a vida seguir seu ritmo.
Cláudio Barradas, um dos meus poucos grandes gurus, definiu o amor como "desejar o bem eterno e incondicional do outro" e é essa definição que costumo usar.
Definindo o amor dessa maneira não se vê diferença entre tipos de amor. Amor de pai, amor de filho, amor de irmão, amor de namorado e por aí vai, é sempre amor. O que diferencia são o respeito, a paixão, o tesão, a atração... São diversos fatores que andam juntos com o amor e aí, sim, existem sutis e profundas diferenças.
Com a mania que nós temos de evitar pensar, questionar coisas, como se isso desse câncer no cérebro, costumamos pensar que amor sofre mutações de uma objeto para outro e diferencia-se por si mesmo. Puro simplismo, senso comum.
Se isso é fato, daí vem o descrédito que cada vez mais temos quando alguém diz que nos ama. Dizer que ama é uma arma antiga para se levar pra cama. Já fui usuário e vítima desse estratagema, sei do que estou falando.
Dizer que ama está tão fácil quanto dizer que odeia. Odiar substitui o não gostar, não suportar, não sentir-se atraído, não querer, não amar; o amor tornou-se quase a mesma coisa de gostar, querer bem, sentir tesão, desejar, admirar, atração.
Nosso vocabulário está mais pobre a cada dia e a verdade dos sentimentos segue essa trilha.
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