Pesquisar neste blog e nos da lista

terça-feira, setembro 25, 2007


Myrria, A Crítica, AM


  • Se a lógica de Ciro Gomes é correta e quem está contra a continuação da CPMF é a elite branca que quer acabar com a Bolsa-Família, das duas uma: ou eu sou elite branca ou quero a restituição de tudo o que já paguei, afinal de contas sou preto e pobre. Santa hipocrisia, Batman!

  • Seundo a revistas Reader's Digest, a Finlândia, que é só gelo, é o segundo país mais "verde", enquanto o Brasil, um país agrário e cheio de matas, está na 40ª colocação. Lógico, a pesquisa não se refere à quantidade de árvores ou à diversidade de especies silvestres, mas à maneira como o meio ambiente é tratado e cuidado. Confesso que fiquei surpreso, imaginei que estivéssemos algumas posições abaixo. O que a gente vê é muito discurso e pouca prática. Como sempre.

  • O partidinho do vice, José Alencar, está gastando ou muita saliva ou muita grana para aumentar seus quadros, roubando parlamentares de vários outros. Entre os que estão afluindo ao PR estão Clodovil e César Borges, o que me surpreendeu. O DEM da Bahia já estava rachado desde antes da morte de ACM. Havia o DEM carlista, o DEM de Paulo Souto e o DEM de José Carlos Aleluia. Com a morte do cacique, o pau deve estar comento em baixo da coberta da doida para ver quem ficaria no comando da legenda no estado. César Borges, que a princípio era do grupo carlista, fazia um namoro com Paulo Souto, mas esse não é de dividir o osso. ACMJ e ACMN não têm cacife para comandar sozinho e Aleluia, que não é bobo nem nada, tem cabeça de engenheiro, o que é uma grande vantagem, deve estar minando o caminho dos adversários. Borges, sem nenhuma representatividade, ainda mais depois que perdeu a eleição para prefeito de Salvador, uma tremenda surra já no primeiro turno, deve ter caído na real e migrado para outro ninho, enquanto ainda tem um mandato.

  • Preparem-se, senhoras e senhores, que um novo apagão elétrico já começa a surgir no horizonte. Se o Brasil crescer os 5% em 2007 e mais 5% em 2008, como prometeu Lula, a oferta de energia não cresce na mesma proporção, o que poderá causar um tremendo prejuízo na indústria e, conseqüentemente, no consumidor em geral. Enquanto isso, no Acre, os ecoxiitas continuam tentando barrar a construção de uma hidrelétrica por causa de um bagre.

  • E as empreiteiras que constroem aqueles palácios da Igreja Universal Brasileira foram responsáveis por 98% do dinheiro arrecadado pelo PRB nas eleições do ano passado. Os caras enganam as pobres empregadas domésticas para alimentar as empreiteiras que, por sua vez, compram os políticos. Em última instância, podemos dizer que as pobres empregadas domésticas estão bancando o PRB.

  • Resposta do Senador Eduardo Azeredo ao e-mail que enviei a todos eles no dia 12, data em que absolveram Renan, eu o repliquei com uma tremenda ironia e indignação, mas cometi a besteira de apagar tanto a reposta dele quanto minha tréplica. Uma pena, gostaria de tê-los postado aqui. O último e-mail veio de Eduardu Suplicy, mas ainda não o respondi. Segue abaixo:



Marcos,

Recebi seu e-mail, envio-lhe cópia da carta de que escrevi para o jornal “Folha de São Paulo” e que foi publicada resumidamente na edição de 3ª feira, 18/9. Quero informar também que aprovamos na quarta-feira 19/09, na Comissão de Constituição e Justiça, o fim das sessões e do voto secreto. A matéria agora será julgada em plenário. Estou lutando para que sua votação seja o mais rápido possível.

O abraço,

Senador Eduardo Suplicy

São Paulo, 15 de setembro de 2007

Prezados Otávio Frias Filho e Renata Lo Prete:

A manchete da 1a. p. de 12.9, a nota "Coreografia" do painel da "Folha" e o registro de parte de meu pronunciamento na sessão fechada suscitaram dúvidas que precisam ser esclarecidas. Numa votação de grande responsabilidade, por exemplo, um ministro do STF jamais revelaria o seu voto na véspera da sessão em que se dará o julgamento antes de ouvir inteiramente os argumentos da defesa.

Os jornalistas da "Folha" que cobrem o Senado sabiam que há varias semanas eu vinha dizendo que queria ouvir os esclarecimentos do Senador Renan Calheiros, se possível em sessão aberta, antes de tomar minha decisão. Garantir o direito de defesa é direito consagrado em nossa Constituição. Ele afirmou inúmeras vezes que dialogaria comigo. Marcou para a terça-feira, dia 11. Fui ao seu gabinete às 19:30 e de pronto me recebeu, chamando o Líder do PMDB, Senador Waldir Raupp, que testemunhou o diálogo de mais de uma hora. Deu longa explicação, respondeu às minhas perguntas de maneira cordial e respeitosa, como sempre foi a nossa relação, e entregou-me o seu memorial sobre os fatos. O jornalista Ranier Bragon da "Folha" veio ao meu gabinete, relatei-lhe do encontro e lhe dei uma cópia do memorial. Disse a ele que iria estudar todos os argumentos ali contidos. O fiz com atenção.

No início da sessão de julgamento no dia 12, ainda aberta, ao cumprimentar o senador Renan Calheiros, disse-lhe que se ele concordasse possivelmente poderia haver uma decisão soberana do plenário para que ela se tornasse aberta. Ele respondeu bravo, dizendo que quem agora presidia a sessão era o senador Tião Viana. Em meio às questões de ordem, na parte aberta da sessão, depois de eu dizer que queria revelar o meu voto, o Presidente Tião Viana alertou-me de que isso poderia anular a sessão. Na sessão fechada fui dos últimos a falar, ocasião em que externei as razões de meu voto. Pouco antes o senador Francisco Dornelles argumentara que, com respeito à não declaração do empréstimo à Receita Federal, só poderia ser considerado como crime depois de conclusão de inquérito pela Receita Federal, o que deu margem para que alguns se abstivessem. Em minha fala, expliquei que a quebra de decoro estava não tanto na não declaração em si, que poderia ter sido, e ainda não foi, objeto de retificação com o pagamento de multa, mas na explicação dada que, "por discrição", o presidente Renan Calheiros tinha deixado de declarar e, segundo, pela apresentação de emenda na LDO de 2005 para obra no cais de Maceió, de interesse da Mendes Jr, onde era diretor o amigo que lhe prestava uma gentileza. Naquele momento deveria ter dito ao Cláudio Gontijo que agora precisava de outra pessoa para levar a pensão à mãe de sua filha. Por isso, votei sim pela cassação. Não houve, portanto qualquer coreografia naquela visita, senão a minha vontade de conhecer, olho no olho, todos os argumentos do presidente do Senado.

Respeitosamente, Senador Eduardo Matarazzo Suplicy (PT/SP

Nenhum comentário: