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domingo, setembro 09, 2007
Primeiro Eu
Uma amiga me fez três perguntas:
- Por que os filhos têm que amar os pais?
- Por que as pessoas reclamam ao invés de agradecer?
- Por que você não pode falar o que pensa para certas pessoas?
Não eram simples perguntas retóricas, eram dúvidas reais que lhe corroiam a alma. Ela tem necessidade, mais que vontade, de saber as respostas. Só há um pequeno problema: não sei as respostas e nem sou o mais capacitado para dá-las, caso as tivesse. Só me cabem especulações.
As pessoas têm filhos para satisfazerem o próprio ego. Embora pouca gente compartilhe dessa opinião, ninguém me demove esse pensamento. Ninguém planeja um filho pensando "eu quero fazer alguém feliz, alguém que consiga tudo o que deseja por seus próprios méritos, que seja amado por todos, que estude nos melhores colégios, que faça a melhor universidade, que será honesto e que decidirá sua própria vida pautado no respeito a todo o mundo que o cerca", o que se pensa é: "quero ter um filho, menino de preferência, mas se for menina amarei do mesmo jeito. Tudo o que importa é que seja perfeito". Ou seja, quanto mais perfeito, menos trabalho terei, gastarei menos dinheiro e não serei olhado com pena pelas pessoas.
Já os filhos amam os pais por sentirem seu carinho e proteção. Por serem ensinados a amá-los. Amam por gratidão por terem sido alimentados, aquecidos e cuidados. Se esse amor não é demonstrado, mas há uma educação com valores sólidos, o filho confunde amor com respeito. Se não há amor e nem bons tratos, o filho não sente a obrigação de amar e, muitas vezes, o ódio prevalece. Lógico que há a personalidade da cria, fator que pode reduzir minha teoria toda a nada.
A ingratidão - a meu ver a pior postura humana, pior que o ódio, que é claro e declarado, enquanto a ingratidão vem de quem está próximo - e o egoismo é que levam àquele favorecido por um favor a exigir mais do que recebeu. É muito comum o mais ingrato ser aquele que um dia tinha mil carências. Depois de conseguir, por mérito ou por ajuda, melhorar suas condições, esquece o passado e passa a exigir mais e mais. A sabedoria popular nos ensina que "quem nunca comeu mel, da primeira vez se lambuza", "quanto mais se tem, mais se quer" e "farinha pouca, meu pirão primeiro". Essas três coisas juntas são a consubstanciação da junção entre egoismo, ingratidão e ambição. O pior do ser humano.
Quem tem esses três defeitos não conhece o mundo e nem reconhece quem o apoia, não respeita a diversidade, não tem noção de coletividade, por isso vê o mundo como seu mordomo. Não admite ser corrigido ou mesmo ser criticado e nem acata sugestões alheias. Sendo ele o umbigo do mundo, não admite a repreensão.
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