Senhor Tempo
Ontem, sentado no restaurante enquanto esperava os amigos para a comemoração, fiquei observando as pessoas e me veio uma sensação estranha em relação ao tempo.
Na mesa ao lado da minha um jovem casal conversava com a filinha de uns três anos ao lado. Em outra mesa um senhor de uns sessenta nos com a esposa e uma jovem senhora, de uns trinta anos e um garotinho. Numa terceira mesa um outro senhor, um negro de uns cinqüenta anos com uma senhora bem mais nova e uma terceira criança, um garotinho lindo de uns sete anos.
De repente entra um cara enorme, passos rápidos e firmes, todo de negro, parecendo o Durango Kid. Um cifrão enorme, prateado, pendurado numa corrente que seria capaz de deter um pit bull furioso, uma argola grossa de ouro em uma das orelhas. Ao seu lado quatro rapazes, todos altos, mas não tanto quanto ele. O ladeavam como seguranças de celebridades. Sentaram-se na última mesa, bem lá no fundo, de frente pra porta. Ao entrar ele havia dado um abraço no dono do restaurante e falaram-se alguma coisa engraçada. Fiquei imaginando quem seria tal figura.
Tem a aparência estereotipada de um cantor de pagode ou de bicheiro. Pediu uma cerveja, fumou um cigarro e falava baixinho com seus camaradas. Ao acabarem a cerveja, levantaram-se e saíram do mesmo modo que entraram, passos firmes e rápidos.
Mas eu estava falando do tempo. Olhando todos esses personagens, como há muito não fazia, obsevando seus gestos. Os pais protetores, as mães alimentando seus filhos com firmeza e carinho, os casais discutindo coisinhas de seu dia-a-dia, as crianças alheias ao que acontecia a seuredor, sempre procurando algo com o que divertirem-se, fosse brincando com o copo de refrigerante, fosse soletrando as palavrinhas do cardápio, os garçons em seu esforço para serem simpáticos e prestativos... Me veio à mente como cada um deles havia sido um bebê, depois uma criança engraçadinha e curiosa como aquelas. Mais tarde adolescentes serelepes, com suas rebeldias, suas inseguranças, seus hormônios, suas irresponsabilidades... Aí chegaram a serem jovens adultos com as novas responsabilidades, os amores cridos definitivos, a vontade de uma nova família, as preocupações... Aí chegavam à idade daqueles senhores e senhoras mais maduros, zelosos com os seus, responsáveis, tentando cumprir bem suas missões.
Foi interessante olhar para os dois mais velhos e tentar vê-los na idade das crianças que os acompanhavam.
Deve ser algum efeito colateral de um aniversário.
Na mesa ao lado da minha um jovem casal conversava com a filinha de uns três anos ao lado. Em outra mesa um senhor de uns sessenta nos com a esposa e uma jovem senhora, de uns trinta anos e um garotinho. Numa terceira mesa um outro senhor, um negro de uns cinqüenta anos com uma senhora bem mais nova e uma terceira criança, um garotinho lindo de uns sete anos.
De repente entra um cara enorme, passos rápidos e firmes, todo de negro, parecendo o Durango Kid. Um cifrão enorme, prateado, pendurado numa corrente que seria capaz de deter um pit bull furioso, uma argola grossa de ouro em uma das orelhas. Ao seu lado quatro rapazes, todos altos, mas não tanto quanto ele. O ladeavam como seguranças de celebridades. Sentaram-se na última mesa, bem lá no fundo, de frente pra porta. Ao entrar ele havia dado um abraço no dono do restaurante e falaram-se alguma coisa engraçada. Fiquei imaginando quem seria tal figura.
Tem a aparência estereotipada de um cantor de pagode ou de bicheiro. Pediu uma cerveja, fumou um cigarro e falava baixinho com seus camaradas. Ao acabarem a cerveja, levantaram-se e saíram do mesmo modo que entraram, passos firmes e rápidos.
Mas eu estava falando do tempo. Olhando todos esses personagens, como há muito não fazia, obsevando seus gestos. Os pais protetores, as mães alimentando seus filhos com firmeza e carinho, os casais discutindo coisinhas de seu dia-a-dia, as crianças alheias ao que acontecia a seuredor, sempre procurando algo com o que divertirem-se, fosse brincando com o copo de refrigerante, fosse soletrando as palavrinhas do cardápio, os garçons em seu esforço para serem simpáticos e prestativos... Me veio à mente como cada um deles havia sido um bebê, depois uma criança engraçadinha e curiosa como aquelas. Mais tarde adolescentes serelepes, com suas rebeldias, suas inseguranças, seus hormônios, suas irresponsabilidades... Aí chegaram a serem jovens adultos com as novas responsabilidades, os amores cridos definitivos, a vontade de uma nova família, as preocupações... Aí chegavam à idade daqueles senhores e senhoras mais maduros, zelosos com os seus, responsáveis, tentando cumprir bem suas missões.
Foi interessante olhar para os dois mais velhos e tentar vê-los na idade das crianças que os acompanhavam.
Deve ser algum efeito colateral de um aniversário.
Obrigado a todos pelo carinho e pelos votos. Será que conseguirei agradecer a cada um daqui e do Orkut? Vou tentar.
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