Hamster é um rato com pedigree.
Encontro Marcado
No livro O Que É Isso, Companheiro?, Fernando Gabeira narra um encontro dele com um amigo brasileiro pelas ruas de uma cidade qualquer da Suíça, onde encontrava-se asilado durante a ditadura.
Vinham ele e uma amigo suíço caminhando quando encontraram outro brasileiro, amigo de Gabeira. Abraços, cumprimentos, as devidas apresentações... Lá pras tantas o amigo brasileiro convida os dois para uma feijoada que daria no domingo em sua casa. Gabeira confirmou a presença e o papo continuou. Papo vai, papo vem, meia hora depois o cara reforça o convite e mais uma vez Gabeira diz que vai e o papo continua. Na hora de despedirem-se tapinhas nas costas, recomendações às devidas famílias e mais uma vez o convite para a feijoada domingueira, prontamente confirmada a presença do escitor.
Quando se despediram o suíço perguntou que mania brasileira era aquela de fazer o mesmo convite diversas vezes numa mesma conversa se o convidado já o aceitara na primeira vez, ao que Gabeira respondeu "essa é a maneira dele dizer que não vai estar me esperando e de eu dizer que não irei".
Acho que fui suíço na última encarnação. Crioulo, mas suíço. Se convido alguém ou se sou convidado para alguma coisa e se o convite é aceito, pra mim significa que um compromisso foi firmado. Meu lado imbecil, porém, ainda se irrita cada vez que levo um bolo.
Crédulo como eu sou nas pessoas, sempre acho que o próximo compromisso será cumprido e é aí que me dou mal.
E nem falei da pontualidade...
Vinham ele e uma amigo suíço caminhando quando encontraram outro brasileiro, amigo de Gabeira. Abraços, cumprimentos, as devidas apresentações... Lá pras tantas o amigo brasileiro convida os dois para uma feijoada que daria no domingo em sua casa. Gabeira confirmou a presença e o papo continuou. Papo vai, papo vem, meia hora depois o cara reforça o convite e mais uma vez Gabeira diz que vai e o papo continua. Na hora de despedirem-se tapinhas nas costas, recomendações às devidas famílias e mais uma vez o convite para a feijoada domingueira, prontamente confirmada a presença do escitor.
Quando se despediram o suíço perguntou que mania brasileira era aquela de fazer o mesmo convite diversas vezes numa mesma conversa se o convidado já o aceitara na primeira vez, ao que Gabeira respondeu "essa é a maneira dele dizer que não vai estar me esperando e de eu dizer que não irei".
Acho que fui suíço na última encarnação. Crioulo, mas suíço. Se convido alguém ou se sou convidado para alguma coisa e se o convite é aceito, pra mim significa que um compromisso foi firmado. Meu lado imbecil, porém, ainda se irrita cada vez que levo um bolo.
Crédulo como eu sou nas pessoas, sempre acho que o próximo compromisso será cumprido e é aí que me dou mal.
E nem falei da pontualidade...
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