Pesquisar neste blog e nos da lista

segunda-feira, setembro 12, 2005

"A pior forma de covardia é testar o poder na fraqueza do outro."



Gente e Animais


Não sou eco-xiita, participante da S.O.S. Mata Atlântica, Projeto Tamar, não contribuo para o WWF ou para o Greenpeace. Não significa que não dou importância para os trabalhos realizados por esses grupos. Muito pelo contrário. Não só admiro como tenho o maior respeito por esses idealistas e abnegados.

Gosto de mato, de fazenda, de praias e rios limpos... Gosto mesmo. Gosto de ver animais soltos, canto de passarinho, andar por trilhas no meio do mato...

Acho até que o mundo seria perfeito se não houvesse o ser humano para estragar tudo aos pouquinhos. Mas não é por esse mínimo espírito naturalista que vou escrever o que vem aí embaixo, não.

Quem foi o sabidão que inventou de chamar com o nome de bichos as pessoas a quem repudia ou até as que agrada?

Coruja é a mãe zelosa. Disso é fácil de entender o espírito. Filhote de coruja é muito feio, mas a mãe o protege como a um tesouro. Filhote de bicho-gente também não é nada bonito, confessem.

Burro é aquele sujeito que não consegue aprender ou raciocinar logicamente. Seria mais nobre se se chamasse de burro aquele que trabalha com afinco, sem reclamar, apenas em troca de comida e água.

Elefante e baleia, usados para pessoas gordas. Não poderia ser usado para quem é forte, paciente e injustiçado?

Pardal é o cara inteligente, criativo. Essa comparação surgiu com o personagem dos quadrinhos de Walt Disney, onde o Professor Pardal era um gênio que inventava qualquer coisa. Eu, porém, usaria pardal para denominar aqueles chatos que vêm de fora para perturbar quem está quieto. Antes que alguém proteste explico logo que isso não é demonstração de xenofobia, mas de preconceito contra a chatice, mesmo dos conterrâneos. Ah!, chato também é animal. Um animal, convenhamos, muito chato!

Anta é burro de butique. Aliás, tem-se tornado tão comum que pouca gente diz "eu sou muito burro", quando faz uma besteira. Hoje prefere-se auto-denegrir-se dizendo "eu sou uma anta", o que dá ao termo um poder superlativo. Como todos os paquidermes, a anta é pacífica e muito simpática. Já não sinto a mesma simpatia por imbecis.

Jaburu, mulher feia. Eu não acho o jaburu tão feio. É desengonçado, mas não feio. Não sabe o que é jaburu? É a mesma ave pernalta que ficou conhecida como tuiuiu, um dos símbolos do Pantanal.

Melhor parar por aqui que já tem gente me achando uma besta.

Nenhum comentário: