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quarta-feira, março 01, 2006

Quem fala o que quer pode até ouvir o que não quer, mas fica com a alma leve.


Plavras têm mais força que a espada

Palavras


As palavras, para os homens, são apenas comunicação, enquanto que para as mulheres elas têm conteúdo. Não poderia ser um homem o autor de "ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência a vossa...". Só uma mulher poderia ter escrito isso e foi Cecília Meireles, em seu Romanceiro da Inconfidência, que chegou a essa inexorável conclusão.

Dizem que quando uma mulher diz "não" quer dizer "talvez"; quando diz "talvez" quer dizer "sim"; e quando diz "sim" quer dizer "você está esperando o quê, mané?". Talvez seja verdade. Os homens, mais cartesianos e obtusos, querem dizer exatamente o que dizem, salvo quando estão jogando com seu interlocutor, quando estão blefando ou sondando, situações comuns quando fazem negócios ou quando tentam lesar alguém.

Mas quando dizem "eu te amo", seres dos dois gêneros têm sempre a mesma intenção dentre as três possíveis.

Ou querem realmente dizer que amam por amarem de verdade ou acreditarem nisso; ou querem dizer "quero te levar pracama" e usam de um estratagema que deixa a razão do outro de lado e ataca direto a carência e o amor-próprio; ou vêem um investimento futuro, como um golpe do baú, por exemplo.

Cabe a quem ouve tentar descobrir em qual dos três casos está incluído naquele momento, mas essas palavrinhas são tão poderosas que quem as ouve costuma acreditar e se render, dando margem a que o outro atravesse suas defesas, caso a intenção seja uma das outras duas.

Por todos saberem da potência das três palavrinhas, elas têm-se tornado tão comuns e usadas levianamente a cada dia.

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