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sexta-feira, novembro 02, 2007


Lila, Jornal da Paraíba, PB


  • Dia de finados, feriadão, estradas... na volta, mais finados.

  • Caiu Waldir Pires. Em seu lugar um ex-juiz doido para ser presidente, muito discurso e pouca ação. A zona aérea continuou. Caiu o presidente da Infraero, agora acusado de ter feito milhões em desvio. Em seu lugar, um linha dura. Nada mudou. Caíram três ou quatro diretores da ANAC. Em seus lugares, ninguém que conhecido pelos brasileiros. Tudo continua na mesma. Até que enfim, caiu o Zuanazzi, presidente da ANAC, em seu lugar uma ilustre não sei quem. No primeiro feriadinho, 17,5% de atraso nos vôos. Acho que vou passar minhas férias em casa, mesmo, pra não passar raiva.

  • Estima-se que 900 peças sacras estão "desaparecidas" no Brasil, a grande maioria furtadas de igrejas centenárias. Vai uma diquinha para as polícias, caso elas tenham interesse real de recuperar pelo menos algumas dessas peças: procurem nos antiquários, não em seus mostruários, mas naquela salinha de produtos especiais; depois dêem uma passadinha na casa dos políticos mais católicos de cada estado. Garanto que recuperarão muita coisa valiosa. Não me esqueço de uma entrevista com ACM a que assisti numa televisão da Bahia. A matéria foi feita na casa do finado cacique, ao fundo viam-se dezenas de imagens sacras, algumas contemporâneas, provavelmente presentes de artesãos, correligionários e puxa-sacos, mas outras eram bem antigas, banhadas a ouro já com aquele dourado de ouro velho, traços barrocos... Quem teria coragem de mexer nesse vespeiro?

  • O brasileiro tem uma mania irritante de justificar seus erros com os erros alheios. Você critica um amigo que atravessa o sinal vermelho e ele logo te responde "e fui só eu? Todo mundo passa". Você chama a atenção de uma criança que está fazendo arte e ela prontamente aponta o dedo na direção do coleguinha, "o Raimundinho também fez". A gente vê isso todo o tempo, ninguém assume nada. Essa prática, aliás, é secular em se tratando de políticos. Essa semana a governadora petista do Pará, Ana Júlia Carepa, de olho nos milhões que vão rolar solto para a Copa de 2014, na tentativa de convencer as autoridades a fazerem de Belém uma das cidades-sede, apontou o dedo para o Amazonas e para o Acre dizendo que aqueles estados estariam menos preparados para hospedar o evento. Ora porra! Por que não mostra as vantagens do seu estado, maravilhoso, a bem da verdade, ao invés de tentar queimar o filme alheio? Ontem o secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, Beltrame, ao invés de explicar o grande número de mortes no seu estado, preferiu apontar o dedão para São Paulo acusando a secretaria de segurança daquele estado de maquiar as estatísticas sobre violência. Beltrame está preocupado com a perspectiva de São Paulo, que tem mais que o dobro da população do Rio, apresentar números absolutos menores de assassinatos. Segundo estatísticas, nos últimos cinco anos o número de assassinatos no estado paulista diminuíram 72% e 63% na capital, em valores relativos, óbvio. Em valores absolutos São Paulo deve apresentar índices menores que os do Rio. Macaco senta no rabo pra falar do rabo do outro, já diziam os mais antigos.

  • A indústria de laticínios fez seus lobbies e aprovou leis em quase todos os estados que proibiam a venda de leite in natura. Acabaram, assim, com aquela simpática figura do leiteiro que passava de manhãzinha montado em seu burro ou em sua bicicleta, latões na canga e vendiam de porta em porta. Alegaram insalubridade e riscos de doenças como a brucelose e a tuberculose. Morei boa parte em cidades do interior e jamais soube de alguém que tenha adquirido alguma dessas doenças por via láctea, mas, tudo bem, a possibilidade existe. Só que elas têm cura, existem remédios para saná-las, mas como nos livramos dos efeitos acumulados pela ingestão de soda cáustica, formol, água oxigenada e sabe-se mais lá o quê por anos e anos?

  • Na semana passada assisti a uma entrevista com a vereadora Soninha, do PT-SP, na Record News, defendendo a discriminalização da maconha. Ontem jovens fizeram uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto pedindo a mesma coisa. Em uma faixa apresntavam o ridículo argumento "criada por Deus, banida pelo homem". Para esses imbecis, apenas uma diquinha: o curare também foi criado por Deus, por que não fazem uso dele e nos deixam em paz? Outro dos argumentos dos xinxeiros é que a criminalidade diminuiria com a legalização. Papo idiota para babaca engolir. O tabaco é legalizado, mas isso não evita fábricas clandestinas e contrabando de cigarros via Paraguai. O plantador de maconha paraguaio ou do sertão pernambucano vai lá querer pagar 75% de impostos (taxa paga pelas tabacarias), enfrentar toda aquela burocracia, fiscalização federal, custos trabalhistas, restrição de vendas e todas as demais dores de cabeça que empresários legalizados enfrentam, quando podem ficar com 100% do lucro, gastando apenas uma parte na corrupção de autoridades? Povo bobo! Acha que está na Holanda?

  • Parabéns ao Lino pelo suceso de seu post coletivo. Visitei todos os blogs listados, mas, infelizmente, muitos se comprometeram, mas não escreveram sobre o tema, outros saíram copiando os posts alheios e não colocaram os devidos créditos, mas no fundo o resultado foi bem agradável.

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