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segunda-feira, junho 04, 2007

Planeta limpo



Em grande escala, o esforço para se limpar o planeta é enorme. O plástico, que facilitou muito a vida da gente a partir da segunda metade do século 20, é uma praga global; os poluentes de origem fóssil, subprodutos do peteóleo, são emitidos como gases e efluentes, principalmente nos países mais industrializados; a propaganda é a maior poluidora visiual nos grandes centros; os dejetos residenciais e industriais tornam rios fétidos e estéreis também nos centros industriais... Limpar tudo isso não é apenas uma questão de vontade política, embora essa seja o pontapé inicial para qualquer outra medida a ser tomada pelos governos ao redor do globo. É necessário também montanhas de dinheiro.

O que o governo inglês fez para limpar o Tâmisa é um grande exemplo que pode ser seguido pelos outros países. No Brasil já se fala, mas apenas se fala, na limpeza do Tietê e da Baía da Guanabara. Medidas efetivas ainda não foram tomadas, mas projetos já estão no papel, prontos para serem colocados em prática.


A nós, cidadãos comuns, cabe a iniciativa de pressionar os governantes e parlamentares para que algo seja feito, e logo. Muito se discute sobre fontes de energia alternativa. Na Áustria já existe uma cidade-piloto em que tudo é reciclado, desde o material de construção até os móveis das casas, a energia elétrica é de origem solar e heólica. E, segundo a National Geographic, até o momento nenhum problema foi detetado no uso desses materiais e energia. Sinal de que a coisa tem futuro e pode ser aplicada em grande escala.


Mas, além de cobrar dos outros, podemos dar o exemplo para a molecadinha desde já, nas coisas mais simples do nosso cotidiano. Não jogar papel de bala pela janela do carro; dar uma bicicleta para que o filho vá à escola ao invés de levá-lo de carro todos os dias; ao ir à praia ou ao pic-nic no campo, recolher todo e qualquer lixo que sobre depois do lanche. Nada de deixar latinhas de refrigerante, papel laminado que envolvia os sanduíches, saquinhos de salgadinhos ou qualquer outra coisa que não estava lá quando chegamos.


Mas isso não terá nenhuma conseqüência diante do grande lixão que se tornou o planeta, alguém diria. Isso é educação, respondo eu, e educação é um investimento a longo prazo. Crianças educadas com esse tipo de exemplo tornar-se-á um adulto preocupado com essas questões. Não se educa apenas com ordens, "faça isso", "faça aquilo" e quando a criança perguntar "por que?", nada de responder "porque estou mandando". Explique o porque, mostre-lhe o que aconteceria se todos agissem da maneira correta, as conseqüências benéficas que essas simples coisinhas podem gerar em grande escala.


Em casa, nada de lâmpadas ligadas em ambientes sem gente nem geladeira com a porta aberta mais tempo que o necessário; eletrodomésticos mais modernos e com a etiqueta que mostra que consomem pouca energia com a marca do Inmetro; banhos prolongados sem necessidade devem ser evitados; fazer a barba com a torneira aberta é um mau exemplo; usar a mangueira para limpar a calçada, ao invés da velha e boa vassoura é reprovável...

Levando-se em conta que o mundo tem 6 bilhões de pessoas, se todas fizessem uso dessas coisinhas simples, a economia de seu próprio dinheiro e de recursos públicos seria fenomenal, sobraria mais dinheiro para que as grandes ações como limpeza de rios e mares, renovação de tecnologias e implantação de novas plantas, reciclagem de lixo residencial e industrial e tantas e tantas outras seriam mais facilmente implatandas. O exemplo é o melhor meio de convencimento. O vizinho porcalhão terminará se envergonhando e melhorando suas práticas.

Desde a primeira metade do século passado, já se sabe que o fim da vida na Terra é inevitável. O esfriamento do núcleo do paneta, o esfriamento do Sol, o risco do choque de um outro enorme meteoro, tudo isso pode dar fim à vida no planeta, mas isso são fatores naturais e inevitáveis, sem falar que, pelo menos as duas primeiras, só ocorrerão daqui a alguns milhões de anos. Seus filhos e netos, em relação a esse tempo, usufruirão das belezas e ofertas da Terra amanhã. Que recebam, portanto, um planeta habitável e em boas condições de uso, ou você quer dar-lhes uma herança com defeito?

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Essa é minha pequena contribuição ao post coletivo proposto pelo Lino. Você também pode participar, basta escrever seu texto e avisar a ele.

Hoje também é o segundo aniversário deste blog. Reconheço que não é nenhuma contribuição para a melhoria do planeta, mas me dá um prazer enorme escrevê-lo. O maior presente é sua presença por aqui. A casa agradece e os convida a voltarem sempre.

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