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domingo, junho 17, 2007


Waldez, Amazônia Jornal


  • "Só acredito em fanáticos. Pessoas razoáveis não fazem as coisas, não", Ariano Suassuna. O professor, dramaturgo, poeta e romancista paraiba-pernambucando fez 80 anos e fico feliz que esteja sendo tão falado dele no Brasil, ultimamente. E não é só na Globo, não. Jornais, revistas e até a Tv Senado tem-se lembrado dele. Nem tanto quanto de algumas çelebridades que nos dão mais vergonha que orgulho, mas é alguma coisa.

  • Por falar em Ariano Sussuna, tem clichê maior em se tratando de literatura e dramaturgia referente à realidade nordestina que apresentar como personagem um tocador de rabeca ou de sanfona cego? Nem o próprio Suassuna, com toda sua magnitude conseguiu escapar.

  • Vamos ver se você tem boa memória. Qual foi a última vez que você viu o Exército agir para desocupar alguma propriedade invadida por desocupados desorganizados? Pois eu lembro. Foi quando sem terras invadiram a fazenda de FHC. Propriedades públicas continuam sendo paralisadas a torto e a direito e a autoridade não age. Não sou a favor do uso das Forças Armadas para esse tipo de ação, não é essa sua função, mas as polícias militares estão aí para isso. Até pescadores, no Pará, conseguem bloquear um rio e nada acontece. Completo estado de letargia dos três poderes e seus componentes.

  • O que acontecerá com Renan Calheiros? Eu aposto na absolvição, engavetamento do processo aberto contra ele no Conselho de Ética. O relator, que foi o maior puxa-saco de Sarney, quando este era presidente, Epitácio Cafeteira, antes mesmo de começarem os trabalhos de investigação, já afirmara que não havia provas contra o presidente do senado e que pediria pelo arquivamento. Passadas três semanas, a amante e mãe da filha do senador alagoano não foi ouvida pelo CE, as denúncias de lesão ao Fisco não estão sendo devidamente apuradas. As notas fiscais da venda de gado foram enviadas para a Receita Federal investigar, o que significa que sai da alçada dos congressistas. A partir daí, o que vai acontecer é que com toda a lerdeza da uma tartaruga paraplégica, como sói acontece em qualquer alçada do serviço público, as investigações serão lentas e postergadas ao máximo. Daqui a três anos a Receita vai confirmar que as notas eram frias e processará o senador. Este recorrerá a todos os artifícios de uma legislação leniente, caduca e beneficiente com a bandidagem. Ou seja, ninguém será punido e tudo acabará como sempre. Pizza!

  • E a reforma política, que começou e já terminou a ser discutida, não sairá. Para que mudar se não há interesse nenhum desses senhores em alterar aquilo que lhes permite todo o tipo de falcatruas sem lhes causar quase nenhum dano?

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